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Capítulo 131: Sai daqui Aiko

  O grupo se aproximava do instituto. O teto do edifício se abriu como uma flor mecanica, revelando o pátio. Lá, uma enorme gaiola aguardava o prisioneiro. Os soldados pousaram suavemente, a press?o dos pés no solo abafada pelo peso de seu objetivo.

  Um dos soldados abriu a gaiola, e Joana, com precis?o, jogou o ghoul lá dentro. A porta se fechou com um estrondo metálico, trancando-o.

  — Que interessante... é parecido com ele mesmo! — disse Aiko, empolgada, avaliando o ghoul através das barras da gaiola, como se fosse uma obra-prima a ser dissecada.

  — Retirem tudo o que conseguirem desse ghoul! N?o me importo se ele acabar morrendo no processo, mas ele é forte, ent?o tomem cuidado! — ordenou Joana, seu tom autoritário ressoando no pátio.

  — Será que é um mimico? Parece tanto... Se n?o fosse por essa pele e esses olhos, e esse cabelo longo e da mesma cor da pele dele, certamente seria idêntico ao Kay! — comentou Aiko, maravilhada com a semelhan?a.

  — Você me ouviu? — exclamou Joana, sua voz cortante. A irrita??o crescente em seus olhos deixava claro que a paciência estava se esgotando.

  — Quando ela está assim, ela só pensa na coisa que está pesquisando... mas n?o se preocupe, vamos tirar tudo que pudermos desse ghoul! — disse o chefe do instituto, tentando acalmar os animos enquanto ajustava seu óculos.

  — Será que os sangues s?o parecidos? Eu quero cortar ele! — Aiko estava visivelmente agitada, a excita??o estampada no rosto.

  — Deixo isso com vocês! — respondeu Joana, manifestando suas asas novamente, já se preparando para partir.

  — Certo. — disse o chefe do instituto, acenando com a cabe?a.

  Os soldados voaram dali, deixando o pátio para trás enquanto o teto do instituto se fechava novamente, abafando o som das asas e o burburinho que come?ava a se espalhar dentro do instituto.

  — Levem o ghoul para aquela sala! — ordenou o chefe, com a voz firme e rápida.

  Dentro do instituto...

  Aiko, impaciente e determinada, espetou uma seringa no ghoul, mas a agulha n?o penetrou. Em vez disso, ela quebrou como vidro ao tocar na pele dele.

  — A pele também é dura! — exclamou Aiko, seus olhos brilhando de anima??o. Ela parecia mais interessada nas características físicas do que no próprio prisioneiro.

  Um guarda do instituto, percebendo a situa??o, rapidamente afastou Aiko da gaiola.

  — Aiko, se afaste! — disse o guarda, com firmeza, enquanto a gaiola era levada para outra sala.

  Cena muda para a base...

  Os líderes haviam retornado, recebendo o aviso da captura. Lena estava encolhida em um canto, visivelmente abalada e irritada, seu corpo tremendo de raiva e frustra??o.

  Mira, embora igualmente afetada pela situa??o, tentava esconder sua preocupa??o. Ela estava visivelmente abalada, mas n?o queria mostrar fraqueza.

  — O que aconteceu com o ghoul? — exclamou Himitsu, sua voz carregada de urgência e preocupa??o.

  — Foi levado para o instituto. V?o usar ele para tentar descobrir o poder desse general pregui?oso! — disse Mira, sua voz tensa, mas contida.

  — é coisa dele? — perguntou Yan, os olhos fixos em Mira, procurando alguma resposta.

  — N?o temos certeza, já que n?o vimos o resultado da habilidade dele em humano! — respondeu Joana, ainda com um tom de frustra??o pela falta de respostas claras.

  — Era mesmo parecido com ele? — questionou Ravena, seus olhos examinando os outros, buscando mais informa??es.

  Os celulares dos líderes vibraram, e todos olharam para as telas. Um vídeo estava sendo reproduzido — o ghoul no refeitório, visivelmente imóvel, mas com uma aura que causava desconforto.

  — S?o parecidos! — disse Ravena, surpresa, mas sua voz era cautelosa, como se estivesse reconhecendo algo que n?o deveria.

  O mini ghoul, que até ent?o havia permanecido em silêncio, manifestou suas asas e voou para longe.

  — Lavel! — chamou Mira, com um tom grave. Ele sabe mais sobre os ghouls. N?o deixe o mini ghoul fora da vista!

  O mini ghoul se aproxima do instituto...

  Nas telas dos celulares, as imagens mostravam o mini ghoul se aproximando do instituto. A entrada se abriu para ele sem resistência, e ele entrou, avan?ando com a mesma confian?a de sempre.

  — Vai impedir? — exclamou Joana, seu tom cauteloso, mas já sabendo que nada poderia detê-lo agora.

  — O mini ghoul sabe muito sobre os ghouls. Ter ele lá vai acelerar a compreens?o sobre esse novo ghoul. Quero ver tudo! N?o perca o mini ghoul de vista! — ordenou Mira, com a voz determinada.

  — Certo! — respondeu Lavel, concentrando-se nas imagens das cameras de seguran?a que capturavam cada movimento do mini ghoul.

  Dentro do instituto...

  Um guarda estava na entrada da passagem, claramente confuso com a presen?a do mini ghoul.

  — Mini ghoul, veio buscar outros equipamentos? Estranho, n?o recebi nenhum aviso do exército! — perguntou o guarda, franzindo a testa, mas o mini ghoul passou sem dar aten??o.

  — Algum assunto com os cientistas? Tenho que conseguir permiss?o para você entrar! — insistiu o guarda, mas o mini ghoul n?o parou. Ele sabia exatamente para onde estava indo, e o guarda, com sua express?o de dúvida, o seguiu sem pensar duas vezes.

  — Veio ver aquele outro ghoul que chegou agora há pouco? — questionou o guarda, a dúvida ainda presente em sua voz.

  — Sim. — respondeu o mini ghoul, sem parar, sua voz baixa, mas cheia de uma autoridade silenciosa.

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  O mini ghoul avan?ava pelo corredor largo e iluminado, o som suave de seus passos ecoando pelas paredes de noxium. O corredor era amplo o suficiente para permitir a manobra de caminh?es e outros veículos pesados, que frequentemente descarregavam as enormes gaiolas de conten??o dos ghouls. Ao longo do caminho, várias constru??es se alinhavam, e em cada uma delas, havia duas salas bem definidas.

  A sala menor, à esquerda, era ocupada pelos cientistas e guardas. Ali, eles monitoravam e controlavam a situa??o, sempre de olho em suas observa??es e experimentos.

  — O que est?o fazendo? Por que o mini ghoul está aqui? — exclamou o guarda, confundido com a súbita movimenta??o.

  — Abra! — ordenou o mini ghoul, a impaciência e a autoridade em sua voz evidentes.

  — Eu preciso verificar com os cientistas lá dentro. Eles est?o conduzindo experimentos no ghoul que chegou recentemente! — respondeu o guarda, visivelmente tenso.

  O mini ghoul lan?ou um olhar furioso, seu semblante endurecendo.

  — Abra agora! — repetiu ele, com a voz mais grave, deixando claro que n?o aceitava recusas.

  O guarda engoliu em seco, sentindo a press?o nas palavras do mini ghoul. Ele olhou rapidamente para a tela do painel e, sem mais alternativas, digitou o código para destrancar a porta.

  Com um rangido de metal, o grande port?o se abriu, revelando a cena dentro da gaiola. Aiko estava lá, completamente focada, abrindo a boca do ghoul com suas m?os, enquanto segurava uma faca afiada.

  — Já que nossas ferramentas n?o conseguem furar sua pele, vou tentar algo diferente... vou coletar de dentro para fora. Assim deve funcionar, n?o é? — exclamou Aiko, olhando fixamente para o ghoul, seus olhos desafiadores encontrando os dele.

  Os cientistas, que observavam apreensivos do lado de fora da gaiola, trocavam olhares preocupados. O ghoul, que até ent?o parecia alheio à situa??o, de repente reagiu. Seus olhos se moveram e, de forma inesperada, se fixaram em algo.

  Aiko, atenta, percebeu o movimento e deu um passo atrás, recuando para o canto da gaiola.

  Mas o ghoul n?o estava olhando para ela. Seu olhar estava completamente fixo no mini ghoul que acabava de entrar na sala.

  — O que você está fazendo aqui? — exclamou Aiko, com uma mistura de confus?o e surpresa.

  O mini ghoul n?o respondeu. Ele caminhou até a gaiola e parou diante do ghoul, inclinando-se em uma reverência formal.

  — Hein? O quê? — Aiko estremeceu, claramente atordoada com a situa??o.

  De repente, com um movimento brusco e assustador, o ghoul quebrou as correntes de noxium que o prendiam, fazendo com que todos na sala ficassem boquiabertos.

  — Sai daí! — gritou o chefe do instituto, desesperado.

  — N?o fuja. Se curva onde está! — ordenou o mini ghoul, sua voz carregada de comando.

  Com um movimento rápido, Aiko, ainda at?nita, se curvou diante da presen?a imponente do ghoul.

  — Ent?o se liga! Entre meus generais, você será o primeiro. Siga minhas ordens e me obede?a! — o ghoul falou em um idioma estranho, suas palavras ecoando com uma for?a inquietante.

  Os cientistas, incluindo Lavel, trocavam olhares confusos, tentando entender o significado dos sons e palavras que o ghoul emitia.

  — Nos meus inimigos, vamos dar um fim, n?o importa o que aconte?a! Você é capaz de evoluir, ent?o será útil para mim! — continuou o ghoul, sua voz imponente, cheia de autoridade.

  O mini ghoul se curvou ainda mais, sua obediência visível.

  Sem mais palavras, o ghoul cortou seu próprio bra?o e entregou para o mini ghoul.

  Sem hesitar, Aiko aproveitou a oportunidade. Com destreza, ela inseriu uma seringa na ferida aberta, coletando o sangue do bra?o cortado. O mini ghoul, imperturbável, come?ou sua alimenta??o.

  Quando o bra?o foi coletado, o ghoul simplesmente se sentou, como se n?o se importasse com o ocorrido e no mesmo instante, o bra?o regenerou-se completamente.

  O mini ghoul, agora satisfeito, devorou com prazer o bra?o enquanto Aiko observava.

  — Você vem? — Aiko perguntou, mas o mini ghoul n?o respondeu. Ele continuou a se alimentar tranquilamente, alheio ao mundo ao seu redor.

  Os cientistas, sem saber o que fazer, apenas observavam. Quando o mini ghoul terminou sua refei??o, ele parecia satisfeitos, com o olhar tranquilo de quem havia saciado sua fome ele adormeceu.

  Com um suspiro, Aiko foi até a gaiola e, trancou-a novamente, antes de se retirar da sala com os outros cientistas.

  Tudo aquilo estava sendo transmitido em tempo real para os líderes na base, que observavam a cena com crescente apreens?o.

  — Ent?o, aquele ghoul é o Kay de verdade? — exclamou Joana, visivelmente confusa, seu olhar fixo na tela.

  — N?o tem como ser o Kay! — exclamou Ravena, cruzando os bra?os, sua voz carregada de incredulidade. — Ele foi partido ao meio e estava morto. Nós enterramos ele, lembra?

  — Mas o bra?o daquele ghoul se regenerou! — argumentou Yan, com o olhar inquieto. — Talvez... talvez as partes dele tenham se unido dentro do caix?o.

  — Se o mini ghoul está evoluindo, isso significa que ele foi escolhido, assim como o general comentou daquela vez? — disse Mira, a confus?o estampada em seu rosto. — Será que... esse ghoul é um monarca?

  — E o que isso importa?! — gritou Lena, sua voz transbordando fúria. — Esse ghoul matou todo o meu esquadr?o. Eu quero ele morto!

  — Nós entendemos como você se sente, Lena, mas precisa se acalmar. — Joana se aproximou, tentando soar firme, mas com um tom conciliador. — Precisamos compreender totalmente a situa??o antes de agir.

  — Acha mesmo que é o Kay? Olhe para aquilo! Isso é um ghoul, Joana! O Kay era humano! — retrucou Lena, seu olhar cheio de mágoa e indigna??o.

  — O ghoul bebeu o café, mesmo sabendo que havia noxium misturado. — Mira interveio, sua express?o séria. — O Kay faria exatamente isso, mesmo sabendo que faria mal para ele. Isso... isso n?o é coincidência.

  — Fa?am o que quiserem. — Lena deu um passo para trás, suas asas manifestando-se de forma abrupta, com uma for?a que quase desestabilizou o ch?o ao seu redor. — Mas se o general aparecer, eu vou matá-lo! — Sem esperar resposta, ela al?ou voo, desaparecendo no céu em uma explos?o de velocidade.

  Por um momento, o grupo ficou em silêncio, as palavras de Lena ainda pairando no ar.

  — O ghoul n?o reconheceu a Mira... nem nenhum de nós. — disse Joana, quebrando o silêncio, sua voz baixa, mas preocupada. — Se for realmente o Kay, precisamos encontrar uma forma de fazer ele recuperar a memória.

  — O mini ghoul... — Mira murmurou, quase para si mesma, antes de erguer os olhos. — Se n?o fizermos algo logo, ele pode acabar nos abandonando para ficar com aquele ghoul.

  — Se é isso que vai acontecer, ent?o volte à ativa! — disse Ravena, com determina??o brilhando em seus olhos. — Se existe alguém que entende o Kay mais do que nós, esse alguém é você!

  — Eu n?o posso simplesmente abandonar meu posto para ir ao instituto por causa de uma suposi??o! — rebateu Mira, sua voz carregada de frustra??o. — Você sabe o quanto isso seria irresponsável.

  — Ele é um monarca e acabou de despertar. — Ravena deu um passo à frente, fixando o olhar em Mira. — Se ele vai ficar do nosso lado ou n?o depende inteiramente das nossas a??es. Isso ficou óbvio hoje! E se for mesmo o Kay, ent?o traga-o de volta para nós... mesmo que ele seja um ghoul agora.

  Mira hesitou por um instante, sentindo o peso das palavras de Ravena. "Será que é mesmo ele? Se for... posso deixar tudo isso de lado por uma chance t?o incerta?", pensou, com o cora??o acelerado.

  De repente, a voz de Lavel cortou o ambiente como um relampago:

  — General se aproximando do quinto esquadr?o!

  — é melhor termos um monarca como nosso aliado do que como nosso inimigo! — declarou Ravena com firmeza, seu olhar perfurando Mira. — Capit?, fa?a a escolha certa.

  As palavras ecoaram na mente de Mira enquanto os líderes de esquadr?o manifestavam suas próprias asas, uma sinfonia de batidas de vento preenchendo o ar. Eles voaram na dire??o do general, determinados e sem hesita??o. Mira permaneceu imóvel, presa em seu próprio turbilh?o de pensamentos.

  "Capit??", ela refletiu, com o olhar perdido. "Ela disse isso para eu decidir de forma profissional... mas como posso fazer isso?"

  — Aquele é o Kay! — a voz de Rem cortou seus devaneios. — Você viu as grava??es do passado. Você viu o que ele fez pessoalmente quando matou aquele ghoul. Vai lá! Eu cuido do meu netinho para você!

  Mira hesitou por mais um instante antes de se virar, decidida.

  — Lavel, preciso de uma carona!

  — Irei preparar! — respondeu Lavel, já correndo para os preparativos.

  — N?o vou com expectativas, mas vou tentar fazer o que eu posso. — disse Mira, murmurando mais para si mesma enquanto seguia para seu armário. Ela vestiu seu traje com precis?o, ajustando cada pe?a como se fosse um ritual. Por fim, pegou sua espada. A lamina, refletindo sua determina??o, parecia mais pesada do que nunca.

  Do lado de fora, o som crescente de um helicóptero ligando tomou conta do pátio. As hélices giravam com um rugido crescente, misturando-se à tens?o no ar.

  — Ent?o assuma a responsabilidade! — exclamou Mira, entrando no helicóptero com passos firmes.

  Rem deu um leve sorriso enquanto observava a capit? embarcar.

  — Eu vou cuidar da base. Pode ir! — garantiu Rem, com um aceno de despedida.

  O helicóptero ergueu voo.

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