Alguns minutos depois, Mira estava no pátio junto a um grupo de civis. O vento soprava levemente, trazendo consigo a tens?o de um novo início. A express?o de Mira era firme, mas ao mesmo tempo acolhedora.
— "Tem algumas crian?as que querem participar, mas aqui est?o os que já est?o perto dos dezesseis anos." — disse Mira, gesticulando para o grupo à sua frente.
— "Obrigado." — respondeu Joana, observando os jovens com aten??o.
— "Eu sempre quis ser do exército!" — exclamou um garoto, o entusiasmo brilhando em seus olhos.
Os outros jovens acenaram em concordancia, suas express?es cheias de determina??o.
— "Vamos apenas testar a compatibilidade de vocês." — anunciou Fernanda, com um tom sério, mas incentivador. — "Se estiverem acima de 20%, poder?o entrar. Entendam que estamos em um momento difícil, ent?o n?o fiquem frustrados caso n?o passem."
— "Certo!" — responderam os civis em uníssono.
No entanto, Ravena, que observava à distancia, n?o conseguiu conter sua surpresa.
— "20%?" — exclamou ela, franzindo a testa.
— "é a porcentagem inicial necessária para usar o traje." — explicou Fernanda, sem perder a compostura. — "Além disso, eles podem passar por processos para aumentar essa porcentagem."
Ravena cruzou os bra?os, ainda cética. — "Mas s?o aqueles trajes. Tem certeza de que isso é seguro?"
Joana se adiantou, respondendo antes que Fernanda pudesse falar.
— "Ela tem raz?o, Ravena. Onze novatos, e se fosse acima de 50%, n?o teríamos nenhum recruta. De toda forma, seu esquadr?o será responsável pelos treinamentos deles."
Ravena arregalou os olhos, claramente surpresa. — "Por que isso?!"
Joana deu um sorriso de canto, mais provocativo do que reconfortante.
— "Você sabe como funciona. Agora, vocês deixaram de ser os últimos recrutas. Parabéns!" — disse ela, com um tom que misturava ironia e incentivo.
Ravena suspirou profundamente, balan?ando a cabe?a enquanto observava os jovens, que pareciam ansiosos e determinados.
Alguns minutos depois, o pátio da base estava repleto de tens?es silenciosas. Ravena, firme em sua postura de líder, encarou os civis que se alinhavam diante dela.
— "Eu sei que vocês já sabem, mas eu sou Ravena, a líder do quinto esquadr?o. Cuidaremos dos treinos de vocês!" — anunciou Ravena, com uma voz que carregava a autoridade de quem já tinha visto os horrores do campo de batalha.
A base estava estranhamente silenciosa por um momento, mas logo um som inconfundível ecoou pela estrutura: o choro de bebês.
— "Deve ser barulhento lá dentro..." — murmurou Ravena, mais para si mesma, sem perder a compostura.
Uma das garotas, com uma express?o decidida, deu um passo à frente e disse:
— "Ainda estamos vivos e seguros por enquanto, ent?o n?o temos direito de reclamar!" — batendo continência, uma postura que denotava disciplina.
"Essa garota..." — pensou Ravena, observando-a com uma leve eleva??o de sobrancelha.
Neste momento, Fernanda entrou, empurrando uma máquina que calculava a porcentagem de compatibilidade dos civis com os trajes de teste — a mesma usada durante os testes de admiss?o dos recrutas.
— "Aqui est?o alguns trajes de teste. Peguem um que sirva ou esteja próximo ao tamanho de vocês e v?o lá vestir." — disse Fernanda, gesticulando para que os civis se apressassem.
Os onze civis seguiram até o local, e pouco depois, retornaram ao pátio, todos usando os trajes.
— "Está um pouco apertado!" — reclamaram, visivelmente desconfortáveis.
— "Vai ser rápido!" — respondeu Fernanda, sua voz firme.
Um por um, os civis foram testados. Todos ficaram entre 20% e 30%, exceto dois: a mesma garota que havia se destacado antes com sua postura e um garoto com 44%.
— "Sejam bem-vindos ao exército!" — anunciou Ravena, seu tom agora mais leve, mas ainda assim firme. — "V?o lá tirar os trajes e daremos início aos seus treinamentos!"
— "Certo!" — responderam os recrutas, batendo continência.
Viviane, com um sorriso no rosto, olhou para os outros e exclamou:
— "Deixamos de ser os novatos!"
Thais, com um brilho nos olhos, falou com entusiasmo:
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— "Treinar novatos, isso parece bom!"
Kratos, observando os outros dois recrutas, comentou:
— "Aqueles dois têm quase a mesma porcentagem que nós no come?o!"
Slayer, mais calmo, mas igualmente impressionado, disse:
— "Parece promissor."
— "Se o resultado for o que a Lavel espera, ent?o seremos superados!" — afirmou Kratos, com um tom de desafio.
Thais, sempre confiante, respondeu com um sorriso:
— "Um tanque de guerra desses ser superado n?o vai ser fácil!"
Fiona, ao lado deles, acrescentou, observando a situa??o:
— "E um assassino habilidoso desses, vai ser difícil superar!"
San, com a express?o triste, murmurou para si mesma:
— "Agora nós..."
Yan, com uma leve risada, cortou:
— "N?o é sobre a porcentagem. A experiência também conta."
Mira, sentindo a dor suave do bebê se mexendo, falou com um tom meio amargo:
— "Eu vou ficar mais algum tempo sem poder lutar, eu que vou ser superada."
Dan, sorrindo para ela, respondeu de maneira reconfortante:
— "Você se tornou a porta-voz da sexta divis?o. Também n?o vai ser fácil te superar!"
Mira, com um sorriso triste, respondeu:
— "Eu tenho voz por conta do meu bebê. Depois que ele ou ela nascer, os ghouls n?o v?o mais me ouvir."
Dan, sem perder o ritmo, brincou:
— "Eu n?o estava falando dos ghouls!"
Sarah, ao seu lado, completou com um tom sério:
— "Você é nossa capit?."
Mira, com um suspiro, disse:
— "Tem momentos que eu gostaria de ser só a Mira do quinto esquadr?o..."
Os soldados, em um coro silencioso, afirmaram:
— "Nós sabemos!"
Mira, recuperando a compostura, ordenou:
— "N?o temos tempo para lamentar. Treinem bem os recrutas!"
— "Certo!" — disseram os soldados, todos se dispersando para dar início ao treinamento.
De repente, um espasmo de dor percorreu o corpo de Mira.
— "Está chutando de novo!" — exclamou, rindo envergonhada, tocando a barriga.
Thais, com um sorriso doce, comentou:
— "O tempo passa rápido, e antes de percebermos, você estará lá, ganhando o neném!"
Mira riu, ainda um pouco desconfortável.
— "V?o perceber!" — disse ela, tentando disfar?ar a dor. — "Porque a minha m?e vai ganhar primeiro do que eu!"
Thais, sorrindo com compreens?o, respondeu:
— "Você entendeu o que eu quis dizer!"
Mira assentiu com um sorriso suave.
— "Eu sei... Tivemos poucas vitórias até o momento. Foram a busca de alimentos, os recursos do instituto e agora a constru??o dos túneis subterraneos. Vamos continuar até termos vitória sobre a derrota do monarca!" — disse ela, com firmeza, as palavras carregadas de determina??o.
Kratos, com uma express?o séria, respondeu:
— "Isso é algo que n?o vai ser fácil."
De repente, o clima mudou. As nuvens escuras come?aram a se formar sobre o reino. O ambiente se tornava pesado, a tens?o crescente.
— "O que está acontecendo?" — exclamaram os soldados, olhando para o céu, apreensivos.
De cima da base, o mini ghoul, sempre atento, anunciou:
— "Perigo... a chuva queima!"
Lavel, ouvindo a palavra do mini ghoul, imediatamente se conectou com os celulares de todos.
— "Saiam do pátio, é uma chuva ácida!" — instruiu Lavel com urgência.
— "Um ataque?" — exclamaram os soldados, correndo para se proteger dentro das constru??es da base.
Ravena, ainda em pé, puxou a máquina que Fernanda trouxe, agora em alerta máximo.
— "O que está acontecendo?" — exclamou, preocupada.
Lavel, com sua voz calma, mas firme, instruiu:
— "Emitam um aviso para a capital, se v?o ou n?o se proteger, fica a critério deles."
Mira, observando a situa??o, deu um breve sorriso.
— "Bom trabalho."
O mini ghoul, observando as nuvens que logo come?aram a liberar a chuva tóxica, também se escondeu com os soldados.
— "é um general?" — exclamou Rem, com uma express?o desconfiada.
O mini ghoul permaneceu em silêncio.
— "O monarca?" — questionou Himitsu, com um tom de preocupa??o crescente.
O mini ghoul, mais uma vez, n?o respondeu. Seus olhos estavam fixos nas nuvens, observando a chuva ácida que come?ava a cair.
Lavel, através dos celulares, continuou:
— "Os ghouls e humanos que est?o entrando em contato com a água est?o sendo mortos dentro e fora da muralha."
Nas telas dos celulares, os soldados viram ghouls fugindo, muitos caindo mortos fora da muralha.
— "Foi um ataque contra os dois lados? é outro monarca?" — exclamou Himitsu, com desespero na voz.
O mini ghoul n?o se moveu, observando a chuva.
Himitsu, incapaz de esperar mais, sacudiu-o.
— "Responde, maldito!" — gritou, frustrada.
Rem, com uma voz baixa e cheia de cautela, interrompeu:
— "Você sabe o resultado se ele falar alguma coisa. Ent?o, n?o o force."
Lavel, com a voz sombria, informou:
— "A quarta divis?o foi eliminada junto com a capit?!"
— "Por quê? Você disse que eles estavam sob as mesmas condi??es que nós!" — questionou Mira, incrédula.
No celular de Mira, um vídeo come?ou a ser reproduzido. No vídeo, a quarta divis?o estava diante do Monarca do Fogo.
— "Me desculpa, Kay. Me desculpa, meu filho, mas a mam?e ainda é uma capit?!" — dizia Yumi, se preparando para o combate.
— "N?o dá para aproximar dele. Vamos ter que atacar de longe!" — disse Nina, sua voz tensa.
— "Eu vou avan?ar. Sigam o plano!" — exclamou Yumi, com um brilho de determina??o nos olhos.
— "Boa sorte!" — disse Nina, antes de se preparar para a batalha.
— "Ativar quebra de limite!" — gritaram os soldados em uníssono.
Com uma for?a e coordena??o impressionantes, os soldados lan?aram várias caixas de diferentes dire??es em dire??o ao general. O monarca, implacável, soltou uma explos?o de chamas que consumiu tudo ao redor, mas, no instante seguinte, as caixas se desintegraram, liberando um ar gelado que envolveu o campo de batalha. O monarca de fogo, desavisado pela mudan?a de temperatura, foi atingido pela rajada gélida, sentindo o frio intenso. No entanto, Yumi, apesar do sofrimento, aproveitou a abertura e atacou com sua alabarda, atingindo finalmente o monarca.
— "Achou que apagar minha combust?o seria suficiente para me ferir?" — exclamou o monarca, sua voz carregada de desprezo, enquanto seu tentáculo perfurava o corpo de Yumi.
Com um esfor?o monumental, Yumi cuspiu sangue, que espirrou no rosto do monarca.
— "Imaginei..." — disse ela, sorrindo, apesar do excruciante sofrimento.
Os outros soldados já estavam em movimento, atacando o monarca com tudo o que tinham.
— "Capit?!" — murmurou Nina, seus olhos brilhando com raiva e determina??o, avan?ando diretamente contra o inimigo.
— "é inútil!" — disse o monarca, com um sorriso maligno. Seus bra?os se esticaram, e com um movimento brutal, ele lan?ou chamas diretamente nos soldados ao redor, incinerando tudo em seu caminho.
— "Droga!" — resmungou Yumi, com dificuldades para se manter de pé, sentindo o calor das chamas ainda queimando sua pele.
— "Deveriam ter aceitado as condi??es que impus a vocês!" — o monarca declarou, sua voz imponente, cheia de desdém.
Yumi, com a vis?o turva pela dor, ergueu a cabe?a e respondeu com raiva:
— "Preferimos morrer do que deixar de ser humanos ao for?arem as mulheres a engravidar!"
Com um movimento abrupto, o monarca abriu a boca e engoliu Yumi de uma vez, sua express?o satisfeita.
— "Deliciosa!" — disse ele, antes de seguir em dire??o aos outros soldados, preparado para destruir qualquer um que ousasse se aproximar.
Lavel, que observava tudo pelo vídeo, parou a grava??o. Mira estava em choque, seus olhos fixos na tela.
Após um longo silêncio, Mira finalmente se levantou, com a express?o grave.
— "Quando a chuva passar, continuem com o planejamento!" — disse Mira, sua voz tensa e controlada, antes de se retirar rapidamente do local.
O impacto da notícia abalou a moral dos soldados. O céu, que antes estava tomado por nuvens escuras e amea?adoras, come?ou a clarear. O sol lentamente tomava o controle do cenário, e, quando olharam para cima, viram que as nuvens haviam se dissipado, revelando a verdade: aquilo n?o era um fen?meno natural, mas sim obra de um ghoul.
— "Sabe onde está o maldito que fez essa chuva?" — exclamou Himitsu, furiosa.
O mini ghoul balan?ou a cabe?a, negando.
— "N?o sabe ou n?o pode dizer?" — pressionou Himitsu, seu tom crescente em irrita??o.
— "N?o sei!" — respondeu o mini ghoul, sua voz carregada de sinceridade.
— "Droga!" — bradou Himitsu, sua frustra??o transbordando.
O mini ghoul, sem se incomodar, caminhou em dire??o ao pátio e al?ou voo em dire??o ao topo da base.
— "Lavel, traz os trajes para os novatos!" — ordenou Himitsu, agora focada no próximo passo.
— "Estou calculando as medidas dos soldados e separando os trajes de acordo. Estar?o prontos antes do almo?o!" — respondeu Lavel, com eficiência.
— "Só tem uma hora até o almo?o!" — alertou Lena, olhando rapidamente para o relógio.
— "Ent?o iremos come?ar os treinos deles após o almo?o!" — disse Ravena, decidida. Ela ent?o pegou as m?os de Thais e Sarah. — "O que foi?" — exclamou Thais, confusa.
— "Só quero distrair minha mente. Vamos jogar videogame!" — respondeu Ravena, tentando aliviar a tens?o que sentia.
— "Parece bom," — disse Sarah, com um sorriso amigável.
— "Est?o dispensados por enquanto. Se aparecer algum ghoul, voltem para o pátio!" — ordenou Joana, dando uma pausa nos treinos.
— "Certo!" — responderam os soldados, se dispersando para um breve descanso.
A recruta, com um olhar curioso, se aproximou.
— "O que aconteceu?" — perguntou, visivelmente preocupada.
Ravena, olhando para ela com um sorriso gentil, respondeu:
— "Vamos fazer uma pausa. O treino de vocês come?a depois do almo?o!"
— "Tudo bem!" — respondeu a recruta, embora sua express?o ainda mostrasse apreens?o.